Uma Comunidade de Energia Renovável é uma iniciativa de base comunitária, constituída por um conjunto de consumidores que, através de uma instalação partilhada, por exemplo de painéis solares fotovoltaicos, produzem parte ou a totalidade da energia elétrica que necessitam para o seu consumo, através de recursos renováveis.
Os participantes beneficiam da eletricidade gerada em comunidade a um custo inferior ao que originalmente pagariam ao seu comercializador, e de acesso a um espaço de instalação maior, que individualmente poderiam não ter (o que prova que todos os clichés – “We’re All In This Together”, “Juntos Somos Mais Fortes” e “A União Faz A Força”, são absolutamente verdade).
No atual quadro Regulamentar Europeu, uma CER baseia-se na participação aberta e voluntária, autónoma e controlada pelos seus acionistas ou membros – pessoas singulares, PME ou autoridades locais, como Municípios. Por norma, os consumidores encontram-se numa relação de vizinhança, ou seja, de proximidade física, podendo realizar entre si autoconsumo coletivo. Os benefícios ambientais, económicos e sociais são o principal objetivo de uma Comunidade de Energia Renovável, ao invés de lucros financeiros.
Enfrentar os desafios globais como o preço da energia e a pobreza energética não é fácil, mas em comunidade é, definitivamente, mais simples. Para além de contribuírem para a democratização da energia e o combate à pobreza energética, as CER promovem o trabalho em rede, a partilha de conhecimento e a aprendizagem conjunta, elevando o espírito de comunidade.
Dado o crescente interesse em saber mais e integrar Comunidades de Energia Renováveis, têm sido criadas diferentes plataformas que facilitam a introdução e implementação destas iniciativas, nomeadamente a plataforma Energy Community Platform, que contou com a colaboração de investigadores de Porto, e que fomenta a literacia energética.
Comunidades de Energia Renovável em Portugal
A primeira Comunidade de Energia Renovável em Portugal surgiu em Miranda do Douro, em 2021, mas, de acordo com dados recentes, a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) já recebeu centenas de pedidos de licenciamento de autoconsumo coletivo e comunidades de energia. Este número revela um interesse crescente nestes projetos em Portugal.
Até à data, a ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos aprovou, no âmbito dos projetos de autoconsumo e de comunidades de energia renovável, 4 projetos-piloto, localizados no Porto, Maia, Évora e na Ilha da Culatra.
Medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia, aprovado pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
Apoio:
Implementação:
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Implementação:
Medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia, aprovado pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.