As vozes que se erguem em prol do futuro nunca ecoaram tão alto.
Cada vez se fala mais de “ativismo”, nomeadamente no ativismo ambiental, mas a verdade é que este conceito existe há cerca de 100 anos. Foi no papel de ativista que as sufragistas saíram à rua para lutar pelo direito ao voto e que portugueses fizeram do 25 de abril de 1974 um dia histórico, imortalizando a influência dos movimentos sociais para a mudança das sociedades.
O que faz de alguém um ativista é a sua disposição e vontade para agir em prol de um propósito, para ser agente da mudança. Quer seja social, ambiental, política ou económica, o que não pode mesmo faltar é uma causa.
A ideia, o objetivo e a vontade são o combustível para começar.
Para além de utilizarem as suas vozes e plataformas para chamar a atenção para questões fraturantes e impulsionarem uma mudança positiva, muito do trabalho dos ativistas é feito nos bastidores. Questionar o status-quo e as tradições vigentes, investigar soluções para as suas inquietações, suportar as suas lutas com dados atualizados e informações fidedignas são apenas algumas tarefas que constam na sua agenda.
Quais as características de um ativista?
Resiliência | As constantes más notícias, as burocracias e a demora em conseguir ver resultados são matéria-prima para o desânimo. No entanto, um ativista acredita e intervém, qualquer que seja o cenário e a circunstância.
Literacia | É através da pesquisa, da leitura e do conhecimento que ganhámos consciência do que se passa e conseguimos formar opiniões, que nos encaminham para as causas que defendemos. Informa-te em fontes fidedignas, com bases científicas e verifica a veracidade dos dados apresentados. A literacia é o primeiro passo para a ação!
Criatividade | Não se contam pelos dedos das mãos as diversas práticas ativistas que se têm desenvolvido nos últimos anos: petições, manifestações e campanhas, greves e até atirar tomates a obras de arte. Algumas campanhas mostraram-se eficazes e tiveram um papel transformador, outras nem tanto. Para ter efeito e garantir o envolvimento de uma comunidade, é necessário inspirarmo-nos naquilo que foi feito, mas essencialmente naquilo que falta fazer.
Comunicação | Chamar mais pessoas para se juntarem à causa e mantê-las motivadas é um desafio que apenas pode ser superado através da comunicação. Uma boa comunicação deve ser construtiva, que estimule a participação de todos, e não o oposto. No paradigma social atual, existe a ideia de que as alterações climáticas são assuntos dos “ambientalistas”, quando na verdade se trata de um desafio para toda a humanidade. O discursos e tom de voz devem ter a capacidade de agregar, informar e motivar a ter uma participação cívica ativa. A força coletiva tem o potencial de tornar esses problemas num assunto de conversa e colocá-los na agenda política.
Empatia | As desigualdades originadas pelas alterações climáticas acentuam desigualdades pré-existentes, como as desigualdades com bases raciais, de classe e género. As alterações impactam toda a gente, mas o impacte não tem o mesmo peso para toda as pessoas se o seu ponto de partida não for o mesmo. Para incluir todos, o ativismo deve ser interseccional.
Tens o que é preciso para fazer parte da mudança? O tempo é agora!
Medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia, aprovado pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
Apoio:
Implementação:
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